A São Martinho participou, nesta quarta-feira, dia 31 de outubro, do espetáculo “O Papai é Pop”, do jornalista Marcos Piangers, no Teatro Bradesco, na Barra da Tijuca.
A palestra é uma adaptação do livro homônimo lançado em 2015. Durante o evento, Marcos falou sobre temas como desafios na criação dos filhos, a importância da participação dos pais, a divisão das funções entre pais e mães e como aproveitar mais tempo perto das crianças.
“O livro trata da temática da família, da aproximação entre pais e filhos, da importância do homem participar da família, porque em geral a gente delega isso só para as mulheres e é extremamente prejudicial para a sociedade. Elas acabam ganhando menos, porque não aceitam as promoções, não podem viajar e não se realizam profissionalmente. Já os homens ficam trabalhando igual maluco e perdem a chance da maior experiência humana que é criar o seu próprio filho”, afirma Piangers.
Durante a apresentação, Marcos citou o Art. 227 da Constituição que diz “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Em turnê pelo Brasil, o espetáculo já passou por várias cidades e conta com alguns parceiros. Prova disso é que Marcos está doando a arrecadação da bilheteria para instituições locais e a São Martinho foi a escolhida no Rio de Janeiro.
“Como algumas marcas foram parceiras para viabilizar o projeto, a gente também tem a chance de contribuir com o dinheiro da bilheteria para algumas instituições e a São Martinho é uma delas. Cheguei até vocês através do pediatra Daniel Becker, que é uma referência da pediatria brasileira”.
A relação de proximidade de Daniel Becker com a São Martinho não é de hoje. Quando jovem, ainda no início de carreira, ele foi voluntário durante anos e atendeu várias crianças da instituição. Atualmente, o laço é mantido já que Daniel faz doações regulares para instituição.
“Isso faz mais de 20 anos. Eu trabalhava num consultório ali na Lapa com um grupo de médicos voluntários, que atendia as crianças. Era um trabalho admirável, difícil, com crianças muito sofridas, mas que eram muito bem atendidas, cuidadas e acolhidas por uma equipe super bacana. Enfim, tive uma experiência muito boa e desde então me tornei um colaborador, contribuindo com recursos financeiros para a instituição de forma mais ou menos regular. Quando soube que o Marcos estava procurando uma instituição séria, que trabalhava com crianças justamente mais vulneráveis, pensei logo na São Martinho”.