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São Martinho realiza ação com população em situação de rua, na Lapa
A Associação Beneficente São Martinho realizou, na última sexta-feira, dia 13 de agosto, na unidade da Lapa, uma ação de atendimento à população em situação de rua. Além de entrega de lanche, os beneficiários puderam tomar banho e receberam doação de roupas e agasalho.
“Eu diria que a importância da gente retomar esse trabalho é, num tempo de pandemia como esse, é responder a um apelo de humanidade. A São Martinho tem dentro do seu escopo e do marco legal o atendimento a criança e adolescente, mas ela também a expertise do atendimento a população de rua, independente de ser criança ou adulto. Esse é o espirito que move a São Martinho e a Província Carmelitana de Santo Elias. Esse trabalho requer a presença não só dos educadores, do serviço social, de outros profissionais, como a psicologia, mas também dos voluntários. A gente começa agora pensando muito lá no futuro de ter um lugar próprio, atividades próprias, cada vez mais abrirmos espaço para o encaminhamento das demandas que surgem dessa escuta personalizada desses nossos irmão e irmãs em situação de rua”, afirma Valdinei Martins, coordenador do eixo Abordagem.
Um recente levantamento da Prefeitura do Rio de Janeiro mostrou que há cerca de 7.272 pessoas em situação de rua na cidade. O relatório realizado entre os dias 26 e 29 de outubro revelou ainda que esse número é metade dos 14 mil encontrados numa pesquisa feita em 2016.
O Centro é o bairro com a maior concentração, com 1.442 pessoas, sendo pessoas pretas e pardas a maior parte da população em situação de rua da cidade, alcançando 79,6% do total. Em situação de rua há mais ou menos um ano, Jocimar de Souza diz que a situação está cada vez mais difícil e as ajudas, que antes vinham com frequência, estão cada vez mais escassas.
“Nós estamos perdendo muito espaço na rua porque muitos lugares que davam alimentação estão parando, a noite ninguém mais ajuda. As vezes não tem lugar pra nós dormimos e, com a chuva, as roupas acabam molhando, as cobertas. Se não fosse vocês, não sei o que seria de nós”, relata.
Marlon da Silva Rodrigues, de 21 anos, diz que a fome é o maior problema enfrentado por quem está em situação de rua.
“Nem sempre todo mundo ajuda, tem pessoas que não dão valor pra gente. Quando não tem esse tipo de ação, a gente fica com fome. Hoje foi uma benção”.
E a ação contou com a presença de voluntários, que auxiliaram no atendimento ao público.
“Antes de ser voluntária presencial, eu era doadora. Essa ação é de fundamental importância, principalmente nesse momento de pandemia. Não é só a questão da comida, mas coisas simples, como fazer uma carteira de trabalho. O apoio que a São Martinho presta, não necessariamente para crianças, mas pra galera em vulnerabilidade social, é de extrema importância” afirma Ana Paula Henriques, de 24 anos.
Engajada no voluntariado há anos, Lisandra Rosa Xavier da Costa coloca a saúde mental dessa população como um ponto de atenção.
“Essa população precisa de muito acolhimento, não só em relação a comida e roupa, mas a saúde mental também”, finaliza.[/az_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][az_gallery_images images_gallery=”2890,2891,2892,2893,2894,2895,2896″ gallery_layout=”carousel-gallery”][/vc_column][/vc_row]