Pandemia agrava violações de direitos de crianças e adolescentes

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Pandemia agrava violações de direitos de crianças e adolescentes

A São Martinho promoveu, no último dia 21 de outubro, uma live sobre assessoria popular para a defesa dos direitos das crianças e adolescentes na pandemia. Realizado através do canal da instituição no Youtube (@tvsãomartinho), o evento discutiu os impactos do coronavírus na garantia de direitos dessa população.

O encontro contou com a participação de Beatriz Cardozo, Advogada pela UERJ e coordenadora jurídica do IDPN, Valéria Oliveira, coordenadora da Associações de Mães AMAR e membro da Frente Estadual pelo Desencarceramento – RJ e Dillyane Ribeiro, advogada de direitos humanos, Mestre em Estudos de Gênero e coordenadora do CEDECA Ceará, além Natasha Lauletta, advogada do CEDECA Dom Luciano Mendes de Almeida, da Associação Beneficente São Martinho.

“A pandemia foi um marco de retrocesso tanto de direitos tanto para a periferia, quanto para adolescentes que estão em conflito com a lei”, afirma Natasha Lauletta, que mediou o debate.

Para Beatriz Cardozo, Advogada pela UERJ e coordenadora jurídica do IDPN, é fundamental que o estado reconheça crianças e adolescentes como sujeitos de direitos.

“Essas crianças e adolescentes precisam ter o seu direito respeitado não porque eles são uma promessa de futuro, mas porque eles já são sujeitos de direitos. É muito importante a gente pensar nisso porque o estado enxerga algumas crianças e adolescentes como futuro e outras não”, explana.

A coordenadora Associações de Mães AMAR, Valéria Oliveira, apontou a falta de informações das famílias em relação aos seus jovens encarcerados como um dos maiores problemas que a pandemia trouxe.

“Todo o trabalho na pandemia foi lidando com essas mulheres, sem saber o que estava acontecendo dentro da unidade com seus filhos”, explica.

Trazendo sua experiência de luta em Fortaleza,  Dillyane Ribeiro lembrou que o motim policial realizado no início de 2020 na região fez com que os índices de violência aumentassem vertiginosamente.

“O motim emenda com a pandemia e, desde então, os índices de violência não param de subir. E esses homicídios tem endereço, são de certos corpos. O número de homicídios contra meninas de 10 a 19 anos voltou a crescer, proporcionalmente mais do que os meninos, e ficou muito comum a gente dizer que em fortaleza a gente estava vivendo duas pandemias, a do vírus e a da bala e da morte violenta”, diz.

Através de seu trabalho que já dura mais de 35 anos, a Associação Beneficente São Martinho vem atuando na garantia e defesa dos direitos de crianças e adolescentes com objetivo de mudar esse cenário.[/az_column_text][/vc_column][/vc_row]