São Martinho no combate ao trabalho infantil
A Associação Beneficente São Martinho esteve presente no lançamento da Campanha Mundial Contra o Trabalho Infantil, realizado pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Trabalhador Adolescente do Rio de Janeiro (FEPETI/RJ) em parceria com algumas entidades, no dia 12 de junho, no Museu do Amanhã.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Assistência Social, no Rio de Janeiro, cerca de 754 crianças e adolescentes trabalham nas ruas da cidade.
“É uma mobilização nacional, mas ela também se insere no contexto global. É muito importante que a gente faça esse lançamento com a participação de adolescentes e aprendizes porque é uma campanha pelo direito de sonhar, de estudar, de viver em espaços protegidos e acolhedores e se desenvolverem plenamente. É um alerta, mas também traz uma mensagem de convocação num movimento em defesa de direitos”, afirma Isa Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
E a São Martinho, através de seu programa de jovem aprendiz, vem trabalhando para combater o trabalho infantil irregular e oferecer aos jovens oportunidade de inserção no mercado de trabalho com dignidade e respeito aos direitos fundamentais. Para Regina Moreira, coordenadora da Profissionalização, esse trabalho tem um nível de responsabilidade grande, mas a instituição desenvolve com muito empenho.
“É uma coisa que a gente faz com muita responsabilidade. Hoje estamos recebendo do Ministério do Trabalho uma demanda muito grande de adolescentes nos sinais de trânsito. Isso, infelizmente, se tornou uma coisa normal em algumas famílias Começa com a criança, depois passa para o adolescente e é uma coisa que nós não permitimos. Somos terminantemente contrários a isso”, diz.
E prova disse é o que não falta. Juliana Gonçalves, de 19 anos, viu sua vida ser transformada após ingressar no programa jovem aprendiz da São Martinho. Hoje ela atua numa grande empresa e tem aprendido cada vez mais.
“Tentei me encontrar e me profissionalizar na área que eu queria”, finaliza.