A juventude brasileira

[vc_row][vc_column][az_column_text]

A Juventude brasileira

Talvez estejamos vivendo um momento bem particular, onde a juventude brasileira mais necessite de atenção e cuidados especiais. Os jovens ocupam, hoje, um quarto da população do País. Isso significa 51,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos vivendo, atualmente, no Brasil. Os dados são do Censo 2010, último censo do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).

Infelizmente, a realidade é outra: o aumento da violência e a escalada das drogas castigam a juventude brasileira, somando-se a isto, o clima de desesperança, exacerbada pela crise econômica na qual o Brasil encontra-se mergulhado. O fantasma do desemprego, gravidez precoce, muitas vezes precedida pelo aborto clandestino e suas trágicas conseqüências, doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e varias outras mazelas que assolam a nossa juventude, e que acabam ameaçando e em muitos casos, efetivamente, destruindo muitos sonhos que apenas começavam a se delinear.

A nossa juventude grita por socorro, o país tem o dever de cuidar e zelar para que os direitos, pelo menos, os já conquistados sejam minimamente respeitados. Também se faz necessário o envolvimento de toda sociedade nas discussões quer sejam no âmbito municipal, estadual e federal, visando um futuro com dignidade e respeito para os nossos jovens, na construção de um novo projeto de vida e no fortalecimento de valores como a cidadania, a ética, o respeito, a honestidade e a solidariedade. Talvez, assim, possamos diminuir toda essa criminalidade, todo este genocídio entre os jovens, bem como as drogas e a fome, que são agravados pela desigualdade social que impera no nosso país, fortalecida pelo frágil apoio por parte do governo às políticas públicas existentes, para a população dos jovens brasileiros, haja vista, não ser nenhuma novidade esta ausência, que só vem corroborar com este estado de abandono da classe juvenil.

Realmente, o mundo está mais jovem, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas, são mais de um bilhão, espalhados pelos cinco continentes, e o Brasil com seus 51,3 milhões de rapazes e moças, precisa pensar estratégias para a criação de oportunidades. Com certeza, estamos diante de uma realidade com muitos desafios e mudar uma sociedade não é uma tarefa fácil. Porém, possibilidades existem, se nos unirmos numa verdadeira força tarefa. Importante registrar que uma dessas possibilidades esta diretamente ligada à educação, pois sem sombra de dúvida, ela representa o principal mecanismo existente para superar tanto a pobreza como as causas estruturais que a reproduzem. Afinal, é por meio da educação que se estabelece uma via de acesso a informações e a descoberta de mais elementos para participarem ativamente como cidadãos. De acordo com alguns autores, a discussão sobre juventude é complexa e plural. A realidade social dos nossos jovens expressa os desafios cotidianos na busca de melhores condições de vida, e o debate acerca dessa temática, além de buscar entender as condições socioeconômicas deste segmento populacional, traz consigo contribuições significativas para o desenvolvimento do país. São grandes os obstáculos que impedem o acesso pleno dos jovens e crianças às escolas, e o fato de muitas vezes a educação não ser valorizada, acaba em muitos momentos sendo preterida. Os desafios são muitos, milhares de brasileiros vivem na fronteira de expectativas, quer seja em busca de uma vida cidadã, quer seja com os riscos de serem abraçados pela criminalidade.

Uma sociedade fortemente unida, pode criar condições de envolver toda a comunidade, família, escola, rede de saúde e assistência social e assim também, desenvolver mecanismos capazes de melhorar o acompanhamento desses jovens. Precisamos acreditar na juventude brasileira, trabalharmos para torná-los protagonistas de suas próprias vidas e como agentes construtores da sociedade, capazes de transformar uma realidade caótica a qual têm sido apresentados, numa sociedade mais justa e fraterna.

No meio deste caos, surge a São Martinho, que tem sido ao longo destes 35 anos de existência, um verdadeiro oásis no meio deste deserto de oportunidades, afeto, solidariedade e porque não dizer do verdadeiro amor ao próximo, arma poderosa de transformação, que tem tocado profundamente os corações de muitos parceiros sensibilizados pelas causas sociais, e com isto, possibilitado a realização de sonhos, que pareciam impossíveis aos nossos beneficiários.

José Maria Faustino da Costa

Psicólogo

CRP 05/19977

Núcleo de Acompanhamento Interdisciplinar (NAI)

[/az_column_text][/vc_column][/vc_row]